sexta-feira, setembro 03, 2010

Gente Humilde Composição:Chico Buarque e Vinicius de Moraes




Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Como um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a tudo
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar

domingo, agosto 29, 2010




"A dor torna-se todos os motIvos quando não passou,
Enferma na sua essêncIa possuI várIos sIntomas,
Chega, aloja-se. Ocupada com suas próprIas devastações.
Morrer para uma dor é sepultar raízes."


Tavares, CecílIa.
29.08.10

Poesia





Minha natureza não mudou, só simplifiquei.
Buscava sonhos em promessas, hoje sonho com o conquistei.
O espaço branco, lírico. Rio límpido que navego
Que caminhos belos e tortuosos teus braços me levam
Posso sentir o calor, posso dormir e permanecer a observar seu esplendor
Nas manhãs que reservam teu acalento renasce em mim tua magnitude.
Ressurge no gole do café, no passeio matinal, nas portas aberta das minhas varandas.
 Exaltar tua presença é ratificar minha existência.
Seria menos eu se não fosse tu, rendido as tuas graças não tenho pudor algum,
Só no teu corpo embriagada estou.

Tavares, Cecília.
29.08.10