sexta-feira, agosto 20, 2010

Aquele a quem se fala





Quando sozinha ainda me tenho
Embora meio perplexa de ser
Mas verdadeiramente sou concebida no instante que te vejo

Situando-me na correnteza
Vejo que é preciso represamento
Mitigar essa dor

Estou espalhada nas águas que me evaporam
Sou névoa fragmentada por mim

Perdidamente lamento viver
Encantada por tanto flórido

 Há um cortiço de sentimentos seus em mim

Há dor sobrando na palavra
Que parece mixe
Quando tenho você

Faz falta a tua fala
Fagulha incandescente que me salta
Meu corpo é brasa
Extasiado com suas proximidades
Belos ecoantes silêncios das tuas chegadas


Novamente nasci

Mas não há tanta alegria
Tenho monofobia de mim

Preciso de uma vazão
Meu sangue é rio seu

Mas nas minhas barragens
Você provoca estesia

Como te deixar sangrar de mim?

Não posso fundear junto com você
Posso me encontrar desfigurada demais

E se o eu não me quiser de volta?

Meu âmago,
Não me chegue mais sem volta.
Vivo em sua presença

Lentamente as rochas rolam fechando as comportas
Sinto seu amavioso abraço
E não mais quero me ter


Alma incompleta do meu entrecasco,
Sei que não é seguro,
Mas não aprendi a represar fascínios.

Cecília Tavares
12h45min
 20.08.10




quinta-feira, agosto 19, 2010

Café da Manhã -Roberto Carlos

Hoje,gostaria de um café da manhã assim,como tivemos...


Amanhã de manhã
Vou pedir o café pra nós dois
Te fazer um carinho e depois
Te envolver em meus braços
       E em meus abraços
Na desordem do quarto esperar
Lentamente você despertar
E te amar na manhã
Amanhã de manhã
Nossa chama outra vez tão acesa
E o café esfriando na mesa
Esquecemos de tudo
Sem me importar
Com o tempo correndo lá fora
Amanhã nosso amor não tem hora
Vou ficar por aqui
        Pensando bem
Amanhã eu nem vou trabalhar
E além do mais
Temos tantas razões pra ficar
Amanhã de manhã
Eu não quero nenhum compromisso
Tanto tempo esperamos por isso
Desfrutemos de tudo
          Quando mais tarde
Nos lembrarmos de abrir a cortina
Já é noite e o dia termina
Vou pedir o jantar