Os sopros são lentos, mas graduais.
As cores são muitas, berrantes, ardidas e pertenças.
Resultantes das nossas leis,
nossas presenças.
Meu corpo em suas mãos, cada pedaço que carrego com fome das tuas entradas,
lábios em outros lábios, tão meus e mais seus quando acaricias com a língua.
Medos em dedos,
Cedo.
Tudo parece cedo demais,
rápido como as ondas que chegam e antes que vejamos partir, são outras que banham.
Ventos,
você é a tempestade que chegou,
alojou-se,
arrasadoramente minha,
temporal de canções entoadas nos meus dias...
Deixo-te as certezas que dedico,
as armas que podemos lutar unidas,
o despertar desse amor faz da menina sua contra partida,
da mulher uma flor mais atrevida,
da semente uma árvore germinando...
Cecília Tavares
24.01.2011
