Deixo-te livre
Este é um voraz momento de espanto no pensamento.
Há uma fadiga orquestrada na minha agonia.
Na morte simbólica dos meus anseios.
Deixo-te o suspiro das rosas no último cair da pétala,
Estou repleta do vazio que me consome,
Da pureza infinita que irrita,
Da certeza sem perfume que inspira.
Deixe-me uma só íris e seus punhais,
Quero te encontrar por dentro.
Cecília Tavares
01.08.2010

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